Porquê uma consulta do hálito?
Uma das maiores dificuldades em tratar com êxito a Halitose ou o mau hálito prende-se com a origem desta patologia: é multifatorial e compete a diversas especialidades da medicina. Apesar da sua complexidade, o estabelecimento científico das causas mais frequentes que a provocam, o aparecimento de novos aparelhos de diagnóstico e o desenvolvimento de terapias médicas de elevada eficácia permitem, hoje, diagnosticar e tratar a quase totalidade dos casos.
É neste contexto que surge um tipo de consulta completamente centrada no cuidado do hálito. “É importante que se conheçam os últimos resultados decorrentes da investigação de uma patologia que a maioria das pessoas ainda crê que tem a sua origem no estômago ou que se deve a uma higiene bucal deficiente. São crenças falsas sobre a Halitose”, explica o Dr. Jonas Nunes, reconhecido especialista na luta contra a Halitose e Diretor do Instituto do Hálito desde o ano 2007.
A Halitose, continua o médico, pode ocorrer em diversas partes do organismo – boca, nariz, garganta, pulmões, estômago, intestino, fígado, rins, etc. -, motivo pelo qual, nesta área, se colabora “com diferentes profissionais de saúde: médicos-dentistas, médicos especialistas em Estomatologia, Otorrinolaringologia, Gastroenterologia, Medicina Interna, Nefrologia, Análises Clínicas, Imunoalergologia, além de psicólogos e nutricionistas”, explica.
Entre os sucessos desta colaboração multidisciplinar está a elaboração do protocolo HCP Arthyaga®, implementado pelo próprio Instituto e que obteve reconhecimento internacional por ter alcançado uma taxa de êxito global nos tratamentos de Halitose de 97% (a maior até hoje). A colaboração entre a MD Clínica e o Instituto do Hálito permite, desde há um ano, a aplicação deste protocolo inovador na capital portuguesa.
“Com a implementação do protocolo HCP Arthyaga® na nossa clínica, conseguimos proporcionar a numerosos pacientes um tratamento fiável contra a Halitose e convertemo-nos numa clara referência a nível nacional neste campo da medicina”, assegura a Dra. Marina de Praetere, sócia fundadora da MD Clínica e reconhecida médica-dentista com uma extensa formação em Implantologia, Ortodontia e Estética Dentária.
Como funciona a consulta do Hálito?
Na Consulta do Hálito, a Halitose é abordada como um problema médico cuja existência pode ser a manifestação de uma patologia subjacente, não sendo, em nenhum dos casos, uma questão meramente estética ou cosmética. De acordo com a abordagem clínica do Instituto do Hálito, o paciente com Halitose deve seguir três fases: diagnóstico, terapêutica e controlo.
1.ª fase: Diagnóstico
Antes de realizar um tratamento, é fundamental obter um diagnóstico etiológico, que se realiza numa única consulta. Recolhem-se todos os dados do paciente, o estado atual e os antecedentes médicos que tenham relação com todos os fatores predisponentes de Halitose e/ou desencadeantes da mesma. Seguidamente, realizam-se outros exames que incluem o estudo informatizado do hálito (mediante cromatografia gasosa), o estudo da saliva e da função das glândulas salivares; e também testes microbiológicos e enzimáticos a partir da recolha de amostras de placa bacteriana.
2.ª fase: Terapêutica/Tratamento
“Não existe um único tratamento para combater a Halitose. O único tratamento adequado será o que tenha em conta a origem do problema”, explica o Dr. Jonas Nunes. Quase 83% dos casos solucionam-se com medicamentos de uso tópico ou sistémico, que atuam sobretudo no interior da cavidade oral (antimicrobianos e estimulantes salivares, por exemplo), no aparelho respiratório (como os corticoides de acção tópica) e no sistema digestivo (fármacos com ação no refluxo gastroesofágico, etc.). Nos restantes casos (17%), a solução pode incluir a eliminação de focos infeciosos (no caso das curetagens dentárias), cirurgias (como a eliminação das criptas das amígdalas mediante laser de CO2), terapia psicológica (psicoterapia cognitiva nos casos de halitofobia, por exemplo), entre outros. Na grande maioria dos casos, observa-se uma melhoria da Halitose três ou quatro dias depois de iniciado o tratamento.
3.ª fase: Controlo
A fase de controlo inicia-se uma vez conseguida a remissão da Halitose e normalmente inclui uma ou duas consultas de revisão, “necessárias para instruir o paciente acerca das medidas preventivas e a realização de eventuais procedimentos que assegurem a manutenção dos resultados obtidos”, precisa o Dr. Jonas Nunes. Segundo o especialista, “a melhoria do hálito é evidente pela atitude que os pacientes demonstram nas consultas, especialmente ao nível da autoestima”. Não obstante, há que assinalar que o total de pacientes tratados com êxito, 7%, continua a comportar-se três meses mais tarde como se ainda padecesse de Halitose. Nestes pacientes, persistem comportamentos defensivos, como ocultar a boca com a mão ou usar chicletes com elevada frequência. “No entanto, passados seis meses, e depois de algumas sessões de apoio nas quais o paciente assimila a não existência de mau hálito, a percentagem reduz significativamente”, acrescenta o médico.
Uma consulta que tem em conta as emoções
Nesta Consulta do Hálito, com frequência, as emoções ocupam um lugar mais destacado do que a biologia, pois está demonstrado que a Halitose habitualmente tem um impacto na autoestima e na autoconfiança de quem a padece, sendo um desencadeador de ansiedade e stress continuado. “A consciência de padecer de mau hálito desencadeia consequências psicológicas, com manifestações visíveis no comportamento: gestos como cobrir a boca ao falar, manter uma maior distância interpessoal ou evitar as relações sociais, algumas das quais podem chegar a ser nefastas”, lamenta o Dr. Jonas Nunes.
O simples ato de cheirar traz consigo uma enorme carga emocional que pode suscitar a aprovação ou a rejeição e, inclusivamente, estimular a memória. Segundo o Dr. Jonas Nunes, “o olfato foi considerado não só o órgão dos sentidos mais emocional, como também o mais complexo, devido às múltiplas respostas emocionais que os odores produzem nos seres humanos”. A percepção de um hálito desagradável provoca o aumento imediato de emoções negativas, como a irritabilidade, o mal-estar, o nervosismo e a agitação. Algumas das descobertas mais recentes demonstram claramente que a amígdala cerebral (sistema límbico) é estimulada pela percepção de um odor, e que os estímulos olfativos (positivos ou negativos) influenciam as emoções relacionadas com a memória, a linguagem, o reconhecimento espacial e o temperamento.
Inevitavelmente, no contexto social, os odores, as emoções e a imagem corporal interacionam de forma dinâmica e ininterrupta. “E todos sabemos que a Halitose é uma questão que condiciona as relações sociais”, conclui o Dr. Jonas Nunes.
Marque a sua Consulta do Hálito na MD Clínica e coloque um ponto final neste problema!
[Fonte das citações: “Como funciona uma Consulta do Hálito?” in “La Mañana de la 1”, TVE]